fonte: Jornal da Tarde ( Grupo Estadão)
O implante dentário virou rotina do brasileiro nos últimos anos. Primeiro, porque esse tipo de cirurgia parece ter grande índice de sucesso e são muito importantes para as pessoas que necessitam do procedimento. Em segundo lugar, o implante se tornou um bom mercado para o ganha-pão dos profissionais do ramo - além de um filão para empresas que promovem a indústria do implante. Só que, infelizmente, como todo ofício, a implantodontia também está sujeita a barbaridades que vão parar na Justiça. Há cerca de dois meses, o T ribunal de Justiça de São Paulo julgou o caso de uma paciente que sofreu perda óssea devido a complicações relacionadas com perfuração inadequada e infecção no pós-operatório.A condenação para o dentista imprudente foi de R$ 8 mil a título de dano moral, mais a devolução do valor que recebeu da cliente - e o profissional ainda arcou com o custo de um novo tratamento.
Não faz muito tempo, foi a vez de o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgar mais uma pexotada em matéria de implante. O que aconteceu? Uma consumidora contratou um especialista na cidade de Passo Fundo, a fim de realizar cirurgia de implante, e o apressado odontólogo partiu direto para a cirurgia, sem nem mesmo realizar exames prévios de rotina, como raios X. O resultado do trabalho mal sucedido foi que os dentes implantados começaram a cair, e a consumidora teve de se resignar a viver com a velha dentadura. A condenação para o profissional nesse caso foi de R$ 7 mil como dano moral, mais a devolução de tudo que foi pago pela consumidora, além do valor de mais de R$ 5 mil para pagamento de outro dentista que completou o serviço.
No Tribunal de Justiça de Minas Gerais selecionei o caso de uma senhora que, após a cirurgia para a colocação de quatro implantes, saiu da clínica com 'parestesia (dormência) e choques intra e extra-bucal na região operada', o que, além do sofrimento, a incapacitou para o trabalho durante certo tempo. Nesse caso, foi comprovado que o profissional nem sequer tinha a formação técnica necessária à realização de implante. Houve condenação do dentista em dano moral no valor de R$ 10 mil. Além disso, o profissional foi obrigado a devolver o valor cobrado pelo trabalho, e o tribunal ainda o condenou a pagar nova cirurgia reparadora de sua barbeiragem, mais gasto com remédios e os dias parados da consumidora.
Os casos acima são apenas amostras da enxurrada de situações do gênero (ou piores) que chegam aos juizados e tribunais - sem falar as reclamações sobre implantes mal feitos que chegam a órgãos de defesa do consumidor e colunas de jornais, principalmente contra clínicas que realizam esse tipo de cirurgia. Isso para ficar claro, que esse tipo de tratamento não é somente o paraíso estético e tranquilo que muitos apregoam. Estamos falando de cirurgias com os mesmos riscos e incertezas das intervenções dessa natureza no ser humano, e nem todo profissional está apto para evitar ou minimizar acidentes graves nos pacientes das cirurgias de implantes. Logo, fazer o tratamento requer prévias e boas indicações, vindas de profissionais da saúde ou de pessoas que já fizerem a cirurgia bem sucedida com o profissional indicado. Não se faz uma escolha dessas na hora, como laranja na feira, e nem somente porque o preço cobrado cabe no bolso.
Investigue a formação técnica, a paciência e experiência do dentista. Veja o currículo dele na plataforma Lattes (lattes.cnpq.br) e não custa ver se o profissional (ou clínica) está envolvido em litígios com pacientes - e que tipo de litígio. Para isso, pesquise colunas de jornais, sites que atendem reclamação, órgãos de consumidores. E tire certidão no fórum.
Não faz muito tempo, foi a vez de o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul julgar mais uma pexotada em matéria de implante. O que aconteceu? Uma consumidora contratou um especialista na cidade de Passo Fundo, a fim de realizar cirurgia de implante, e o apressado odontólogo partiu direto para a cirurgia, sem nem mesmo realizar exames prévios de rotina, como raios X. O resultado do trabalho mal sucedido foi que os dentes implantados começaram a cair, e a consumidora teve de se resignar a viver com a velha dentadura. A condenação para o profissional nesse caso foi de R$ 7 mil como dano moral, mais a devolução de tudo que foi pago pela consumidora, além do valor de mais de R$ 5 mil para pagamento de outro dentista que completou o serviço.
No Tribunal de Justiça de Minas Gerais selecionei o caso de uma senhora que, após a cirurgia para a colocação de quatro implantes, saiu da clínica com 'parestesia (dormência) e choques intra e extra-bucal na região operada', o que, além do sofrimento, a incapacitou para o trabalho durante certo tempo. Nesse caso, foi comprovado que o profissional nem sequer tinha a formação técnica necessária à realização de implante. Houve condenação do dentista em dano moral no valor de R$ 10 mil. Além disso, o profissional foi obrigado a devolver o valor cobrado pelo trabalho, e o tribunal ainda o condenou a pagar nova cirurgia reparadora de sua barbeiragem, mais gasto com remédios e os dias parados da consumidora.
Os casos acima são apenas amostras da enxurrada de situações do gênero (ou piores) que chegam aos juizados e tribunais - sem falar as reclamações sobre implantes mal feitos que chegam a órgãos de defesa do consumidor e colunas de jornais, principalmente contra clínicas que realizam esse tipo de cirurgia. Isso para ficar claro, que esse tipo de tratamento não é somente o paraíso estético e tranquilo que muitos apregoam. Estamos falando de cirurgias com os mesmos riscos e incertezas das intervenções dessa natureza no ser humano, e nem todo profissional está apto para evitar ou minimizar acidentes graves nos pacientes das cirurgias de implantes. Logo, fazer o tratamento requer prévias e boas indicações, vindas de profissionais da saúde ou de pessoas que já fizerem a cirurgia bem sucedida com o profissional indicado. Não se faz uma escolha dessas na hora, como laranja na feira, e nem somente porque o preço cobrado cabe no bolso.
Investigue a formação técnica, a paciência e experiência do dentista. Veja o currículo dele na plataforma Lattes (lattes.cnpq.br) e não custa ver se o profissional (ou clínica) está envolvido em litígios com pacientes - e que tipo de litígio. Para isso, pesquise colunas de jornais, sites que atendem reclamação, órgãos de consumidores. E tire certidão no fórum.
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