As reações potencialmente graves de causa alérgica e impacto sistêmico são chamadas de Anafilaxia. Podem evoluir para queda de pressão, perda de consciência,dificuldade respiratória e morte. Podem também existir alterações na pele, como vermelhidão, coceira e inchaço.
Os alimentos – junto a remédios e picadas de abelhas e vespas – estão entre as causas mais comuns de anafilaxia. Cerca de 1% das pessoas estão sujeitas a estas reações, que ocorrem nos primeiros minutos ou horas e geralmente estão relacionadas a produção aumentada do anticorpo da classe IgE. Em exames laboratoriais, esta imunoglobulina estará elevada de forma específica.
A confirmação diagnóstica será mais difícil quando diante de estímulos que não elevam a IgE. Antiinflamatórios por exemplo, encaixam-se nesta categoria. Infelizmente, não dispomos de meios diagnósticos para a maioria das medicações que provocam alergia. Da mesma forma, a reação à contrastes iodados, não poderá ser confirmada por exames de rotina. Uma conversa minuciosa acerca da história médica do paciente será decisiva nesses casos.
O primeiro mediador liberado em uma reação alérgica é a histamina. Por isso antialérgicos são conhecidos como anti-histamínicos. Entretanto,por apresentarem início de ação lenta, estas drogas começam a melhorar os sintomas somente 30 a 40 minutos após sua administração, não estando indicadas para a primeira abordagem da anafilaxia grave. A queda da pressão arterial e consequente diminuição do fluxo sanguíneo e concentração de oxigênio nos tecidos, pode levar ao choque anafilático, requerendo cuidados imediatos. A cortisona, vastamente utilizada no controle da inflamação de fundo alérgico,também possui retardado. Assim, em situações de emergência em que há desfalecimento ou dificuldade respiratória, está indicada a utilização de adrenalina intra-muscular, pois aumenta rapidamente a pressão sangüínea e diminui quase instantâneamente o edema das mucosas, possibilitando a ação retardada de anti-histamínicos e/ou corticóides.
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