1982. Sócrates, Zico, Falcão e Júnior embalavam a Seleção Canarinho. O Brasil unido em torno da Copa do Laranjito. Talvez seu filho tenha nascido naquele ano. Talvez seu neto ou neta festejasse seu primeiro aniversário. Talvez suas lembranças lhe tragam de volta a Universidade, amigos que ficaram para trás ou lugares distantes. Mas poucos, aliás pouquíssimos, terão lembranças da primavera canadense, da conferência de Toronto.
Marco da odontologia contemporânea, passados 29 anos da sua realização, ainda hoje desfrutamos do conhecimento ali dividido, dos resultados das pesquisas apresentadas pelo grupo do professor sueco, P.I Branemark. Em poucos dias, a implantodontia abandonou a puberdade, cicatrizou espinhas juvenis e adquiriu musculatura para suportar o conceito e a técnica que viriam revolucionar sorrisos e vidas mundo afora. Iniciava-se a era dos implantes osseointegráveis, o domínio do homem sobre as perdas dentárias. Gol de placa! Mas nem Paul, oráculo subaquático da Copa da África, preveria um desfecho tão intrigante para tal descoberta. Afinal, quem imaginaria a preferência do homem pela réplica, pela cópia imperfeita? Numa clara inversão da lógica, dentes foram sumariamente substituídos por implantes, a descoberta virava-se contra a ideologia de seus descobridores e assumia as rédeas de seu próprio destino. Embalada pela euforia tecnológica, alcança status de celebridade, dá nome a congressos científicos, invade salas de aula, ergue empresas e consolida carreiras, criando uma realidade onde sorrisos naturais dão lugar a coroas de porcelana e titânio, muito titânio. Mas enquanto o pequeno Franknstein sueco corria mundo laureado por indiscutível sucesso, um novo ramo germinava da semente de Toronto. Desta vez longe dos holofotes de 82, silenciosa e encabeçada por jovens cientistas, uma ainda tímida porém vigorosa revolução acontecia. Do alto de seus quase 60 anos e protagonista de eventos importantíssimos como a descoberta do genoma humano, a biologia molecular finalmente é escalada. Com ela, um universo recheado por células tronco, moléculas de DNA e regenerações teciduais entra em campo, oxigena pulmões e imprime novo ritmo ao jogo. Agora, não existem mais fronteiras, um outro horizonte se descortina.
Marco da odontologia contemporânea, passados 29 anos da sua realização, ainda hoje desfrutamos do conhecimento ali dividido, dos resultados das pesquisas apresentadas pelo grupo do professor sueco, P.I Branemark. Em poucos dias, a implantodontia abandonou a puberdade, cicatrizou espinhas juvenis e adquiriu musculatura para suportar o conceito e a técnica que viriam revolucionar sorrisos e vidas mundo afora. Iniciava-se a era dos implantes osseointegráveis, o domínio do homem sobre as perdas dentárias. Gol de placa! Mas nem Paul, oráculo subaquático da Copa da África, preveria um desfecho tão intrigante para tal descoberta. Afinal, quem imaginaria a preferência do homem pela réplica, pela cópia imperfeita? Numa clara inversão da lógica, dentes foram sumariamente substituídos por implantes, a descoberta virava-se contra a ideologia de seus descobridores e assumia as rédeas de seu próprio destino. Embalada pela euforia tecnológica, alcança status de celebridade, dá nome a congressos científicos, invade salas de aula, ergue empresas e consolida carreiras, criando uma realidade onde sorrisos naturais dão lugar a coroas de porcelana e titânio, muito titânio. Mas enquanto o pequeno Franknstein sueco corria mundo laureado por indiscutível sucesso, um novo ramo germinava da semente de Toronto. Desta vez longe dos holofotes de 82, silenciosa e encabeçada por jovens cientistas, uma ainda tímida porém vigorosa revolução acontecia. Do alto de seus quase 60 anos e protagonista de eventos importantíssimos como a descoberta do genoma humano, a biologia molecular finalmente é escalada. Com ela, um universo recheado por células tronco, moléculas de DNA e regenerações teciduais entra em campo, oxigena pulmões e imprime novo ritmo ao jogo. Agora, não existem mais fronteiras, um outro horizonte se descortina.
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