Há quem acredite que a odontologia, a cada dia mais, se distancia dos enxertos homólogos, superando gradativamente a questão entre utilizar ou não tecidos de orígem humana. Uma rápida reflexão nos leva a um futuro povoado exclusivamente por biopróteses e biomateriais sintéticos. Seria isso realmente uma possibilidade? Para esclarecer a questão, não recorrerei como de costume a artigos e editoriais científicos (deixo essa parte para mais tarde), mas a números. Além disso, é preciso dar uma olhadinha no que estava acontecendo há alguns anos atrás.
Os grandes motores do boom esperado são a disseminação do conceito de bem-estar, o aumento na expectativa de vida, a maior indicação dos produtos por profissionais de saúde e principalmente, a grande agilidade para aprovação nas agências reguladoras. Estados Unidos e Europa ainda detém as maiores frações do mercado global, entretanto, economias emergentes como China,India,Japão,Brasil,Rússia e Romênia seguem representando as melhores perspectivas de crescimento. Bem ou mal, certo ou errado, nota-se que a pressão dos mercados é avassaladora. Pelo andar da carruagem, em alguns anos já não bastará mais você querer doar seus orgãos ou tecidos, você terá que encontrar para quem....
Em 2008, o mercado global de artigos biomédicos era estimado em US$ 116,0 bilhões, com a fatia de biomateriais avaliada em US$ 25,5 bilhões (22,0 % MS) e a de implantes dentários, US$ 3,0 bilhões (2,5 % MS). No final de 2010 e após atravessar violenta ressaca econômica em 2009, o mercado de implantes começava a mostrar sinais de recuperação. Mas mesmo com expectativas de crescimento em torno de 6,0 % a.a e que o alçariam a US$ 4.2 bilhões em 2015, sua trajetória ainda assim o deixaria com modestos 1,80 % do market share, uma queda de quase 20,0 % em relação à sua participação em 2008. Isto tudo porque projeções de agências especializadas prevêm taxas de crescimento maiores que 15,0% a.a, nos próximos 6 anos, para o mercado de artigos biomédicos, significando que atinja incríveis US$ 250,0 bilhões em 2016. Desta maneira, enquanto o último ostenta taxas de crescimento na casa dos dois dígitos o segmento implantes dentários caminha,quando muito, a modestos 6,0% a.a com uma boa parte dele ainda tentando entender exatamente em que momento o chão fugiu de seus pés ou se ao menos alguém teria anotado a placa do caminhão que atropelou a todos em 2009.
Agora veja, o que você faria se após 7 anos de trabalho duro verificasse que perdeu espaço de forma significativa para seus concorrentes? ou melhor, o que você faria se soubesse com antecedência de 7 anos que perderia espaço de forma significativa para seus concorrentes? Não é necessário qualquer traço de genialidade para que venha à cabeça a velha máxima: Se não pode com eles, junte-se a eles! Assim e não por acaso, todos os big players da indústria de implantes passaram a desenvolver ou dar maior atenção à sua linha de biomateriais, numa clara tentativa de reforçar sua carteira de produtos e minimizar os riscos futuros à saúde de seus negócios. Segundo a agência Global Industry Analysts, somente o rol de produtos a base de colágeno e hidroxiapatita, que também sofreu grande impacto com a crise global, deve recuperar-se e ultrapassar até o ano de 2015 a casa dos US$ 2,0 bilhões, impulsionado pelo desenvolvimento de novas tecnologias.
Os grandes motores do boom esperado são a disseminação do conceito de bem-estar, o aumento na expectativa de vida, a maior indicação dos produtos por profissionais de saúde e principalmente, a grande agilidade para aprovação nas agências reguladoras. Estados Unidos e Europa ainda detém as maiores frações do mercado global, entretanto, economias emergentes como China,India,Japão,Brasil,Rússia e Romênia seguem representando as melhores perspectivas de crescimento. Bem ou mal, certo ou errado, nota-se que a pressão dos mercados é avassaladora. Pelo andar da carruagem, em alguns anos já não bastará mais você querer doar seus orgãos ou tecidos, você terá que encontrar para quem....
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