segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sobre gols e implantes


1982. Sócrates, Zico, Falcão e Júnior embalavam a Seleção Canarinho. O Brasil unido em torno da Copa do Laranjito. Talvez seu filho tenha nascido naquele ano. Talvez seu neto ou neta festejasse seu primeiro aniversário. Talvez suas lembranças lhe tragam de volta a Universidade, amigos que ficaram para trás ou lugares distantes. Mas poucos, aliás pouquíssimos, terão lembranças da primavera canadense, da conferência de Toronto.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Adverse Effects of InFuse


Medtronic markets its products aggressively. Their product, InFuse, has been a big hit in spinal surgeries, and now is also sold for dental surgeries. However, the marketing of InFuse has been riddled with corruption, and now lawsuits for devastating damage are emerging.
InFuse is the brand name for BMP-2,recombinant human bone morphogenetic protein-2. It is used to stimulate bone growth as an alternative to bone grafting. It was first approved by the FDA in 1999 for anterior lumbar fusions, but off-label uses were rapidly devised and Medtronic illegally marketed those off-label uses. In the face of clear indications of severe harm from InFuse, the FDA approved its use in dentistry in 2007.



domingo, 9 de outubro de 2011

Reconstrução Maxilar Homóloga- Reentrada após 4 meses

Resultado obtido após 4 meses da realização de reconstrução maxilar homóloga pelos alunos do curso de especialização em implantodontia da PUC-Rio. O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), através de seu banco de multi-tecidos tem apoiado as cirurgias realizadas e possibilitado pesquisas clínicas longitudinais nesta área. O Instituto de Odontologia da PUC fica na Gávea, Rio de Janeiro.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Workshop Academia Aesculap

A  AESCULAP ACADEMIA - BRASIL  promoverá no Rio de Janeiro, Workshop em cirurgia reconstrutiva utilizando osso homólogo proveniente de banco de tecidos. O evento marcado para o dia 04 de Outubro será reservado a 28 convidados e contará com hands on e cirurgia ao vivo. O ministrador, prof.Luciano Oliveira, coordenador da área de implantes do Instituto de Odontologia da PUC-Rio  promete apresentar avanços e inovações na abordagem da maxila atrófica. Acompanhem aqui notícias sobre o evento.

sábado, 2 de julho de 2011

Para os interessados em educação continuada baseada em evidência:

A Sociedade Brasileira de Medicina Oral, retornará os seminários que por 5 anos manteve na sala safira do edificio Flexcenter no Largo do Machado, Rio de Janeiro.

Desta vez acontecerá de 15/15 dias, sempre às sextas das 08:30h às 12:00h

Terá o apoio da W & H, Aesculap, e  Wilcos.

A sala de cirurgia utilizada pelo grupo estará disponível na parte da tarde para quem quiser executar seus casos em parceria com outros colegas.

Estes são os pontos a serem discutidos no grupo implantodontia, moderado pelo professor Luciano Oliveira (Mestre e Doutor em Periodontia pela UERJ)

1) Cirurgia guiada e cirurgia navegada
2) Elevação do seio maxilar: biomateriais e novas possibilidades 
3) Regeneração óssea guiada
4) Transplante ósseo em odontologia
5) Protocolos de carregamento em implantodontia
6) Superfícies de implantes: estágio atual
7) Idade e osseointegração
8) Doenças sistêmicas e osseointegração
9) Fumo e osseointegração
10) Câmaras hiperbáricas e reparo tecidual
11) Implantação em paciente periodontais graves
12) Avanços em microcirurgia 

Como sempre, buscaremos a melhor evidência disponível para discussão dos temas escolhidos.

Estas serão as datas dos encontros:

dia 08/07 
dia 29/07
dia 12/08
dia 26/08
dia 09/09
dia 23/09
dia 07/10
dia 21/10
dia 04/11
dia 18/11
dia 02/12
dia 16/12

Interessados devem enviar email para droliv@uol.com.br

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Odontologia em alto nível


Orgulhosamente e a partir de agora, o perfil BrazilianDentists (Facebook) publica uma série de entrevistas com profissionais que alcançaram e praticam a odontologia em alto nível. Para inaugurar a sessão, um bate papo com o Dr. Carlos Marcelo da Silva Figueredo, Pós-Doutor e professor visitante do Instituto Karolinska (Suécia), pesquisador nivel 1D do CNPq, Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ;  professor adjunto de periodontia e Procientista da  UERJ. Autor de dezenas de artigos em importantes periódicos internacionais e dono de uma carreira sólida e produtiva, o professor divide seu tempo entre aulas nas universidades em que atua, desenvolvimento de pesquisas em parceria com o famoso instituto sueco ( sede do prêmio Nobel de medicina )   e sua paixão pela natação, automobilismo e futebol (fluminense) ...      
BrazilianDentists : Por que você escolheu a periodontia ? Em que momento ficou claro que a abraçaria?
Prof.CMFigueredo: Foi em um seminário de periodontia, durante o 5 período da faculdade. Minha parte foi etiopatogenia... o final da história você pode imaginar..(rsrs)
BrazilianDentists: Como foi seu processo de formação acadêmica até o Pós-Doutorado, houve metas e objetivos ou tudo ocorreu de forma natural ? 
Prof.CMFigueredo: Tudo fatalidade, sem nenhum planejamento. Fiz odontologia porque queria ser músico. Como música não dava dinheiro e meu pai era dentista, pensei “é mais fácil fazer odonto para bancar a música”. Depois que me interessei pela periodontia, na faculdade, fui acompanhar o professor titular da Unigranrio da época, Rogério Galvão. Fui reprovado por ele na prova de especialização e acabei fazendo atualização apenas... Parece história de escolinha de futebol, o olheiro não viu potencial e me colocou para escanteio(rsrs). Fui parar na UERJ por insistência do meu pai, nunca achei que passaria no mestrado, sem nenhuma indicação, ex-aluno da UNIGRANRIO e sem especialização. Fui com a cara e a coragem. Felizmente o segundo “olheiro” foi melhor que o primeiro! (rsrs). No caso, o professor Ricardo Fischer, que é o responsável por tudo que conquistei na periodontia até hoje! Daí veio a história de estudar na Suécia, por pura indicação do Fischer, onde conheci o professor que mudaria toda a trajetória da minha carreira, que foi o Anders Gustafsson. Engraçado que não fui estudar com ele, pois ele era um completo desconhecido. Juntos, conseguimos trilhar uma grande carreira internacional. Hoje o Anders é um importante pesquisador da comunidade européia. Já o pós-doc foi apenas consequência de nossa parceria.
Resumindo, não planejei nada. Só fui indo...(rs)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Análise do cálculo dental ajuda a desvendar processo evolutivo


Tendo vivido há aproximadamente 500 mil anos na Europa e na Ásia, o homem de Neanderthal é considerado um parente distante do Homo sapiens. Para alguns pesquisadores entretanto, houve um momento no qual estas duas espécies coexistiram...



quinta-feira, 21 de abril de 2011

Assembleia de SP vai ter ''CPI da dentadura''

Criação de Comissões Parlamentares de Inquérito de pouco impacto político na Casa blinda Executivo e impede oposição de propor investigações
Lucas de Abreu Maia - O Estado de S.Paulo

Um mês depois da posse, os deputados estaduais convocaram no dia 15 de Abril a primeira sessão de três das cinco comissões parlamentares de inquérito já instaladas na Assembleia. Na lista dos temas que querem investigar estão os implantes dentários... 




Marinha abre concurso para Corpo de Saúde

A Marinha lançou edital de concurso para 95 vagas para ingresso no Corpo de Saúde. Do total, 27 são destinadas exclusivamente para candidatos do sexo masculino. Os salários não foram informados - veja aqui o edital. O candidato deve ter nível superior nas áreas de...


terça-feira, 19 de abril de 2011

Editorial Científico - BIAS

Editorial abordando BIAS. Conceito importantíssimo e frequentemente desprezado durante avaliações científicas. Confiram!
Para visualizar melhor o documento click sobre o ícone de expansão (full), localizado no rodapé do documento anexado.


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segunda-feira, 18 de abril de 2011

ACADEMIA AMERICANA DE PERIODONTIA


OSSEOINTEGRAÇÃO E PLACA BACTERIANA

Uma sugestão para os que estão começando a estudar implantodontia. O artigo abaixo, orientado por Noel Claffey e publicado em 2003, serve de inspiração para reflexões clínicas preliminares e sugere aprofundamento no tema. 


Osseointegration on implant surfaces previously contaminated with plaque :  An experimental study in the dog
Stravros G. Kolonidis, David Harris, Noel Claffey


Key words: peri-implantitis, treatment, osseointegration, wound healing, histology 
Abstract: This study investigated whether osseointegration can occur on a surface which had previously been coated with dental plaque. The mandibular premolar regions of four young adult Labrador dogs were used for the study. The lower premolars (P1, P2, P3, and P4) were extracted on either side of the mandibles. Following a 12-week healing period, three 3.75 mm 􏰀 13 mm commercially pure titanium implants (Nobel BiocaresAB, Gothenburg, Sweden) were partially inserted in one side of each mandible. This resulted in some threads protruding from the tissues into the oral cavity. Plaque was allowed to accumulate on the exposed implant surfaces. Following a 5-week healing period, the contaminated parts of each implant were treated using three different cleaning techniques: (1) swabbing with supersaturated citric acid for 30 s on a cotton pellet followed by rinsing with physiological saline, (2) cleansing with a toothbrush and physiological saline only for 1 min, and (3) swabbing with 10% hydrogen peroxide (H2O2) on a cotton pellet for 1 min followed by rinsing with physiological saline. The treated implants and one previously unused implant (control) were then placed into freshly prepared tapped sites to the full implant length on the contralateral sides of the mandibles. Following 11 weeks of healing, biopsies were obtained and ground sections prepared for histomorphometric analysis. All treatment modalities were associated with direct bone to implant contact on the portion of implant surface previously exposed to the oral environment. In conclusion, The results demonstrate that osseointegration can occur to surfaces that were plaque contaminated and cleaned by different methods.

Authors’ affiliations:

School of Dental Science, Trinity College, Dublin, Ireland Stefan Renvert, Department of Health Sciences, Kristianstad University, Kristianstad, Sweden Christopher H.F. Ha ̈mmerle, Niklaus P. Lang, Department of Periodontology & Fixed Prosthodontics, University of Berne, Switzerland
Correspondence to:
Prof. Noel Claffey
School of Dental Science Trinity College Dublin 2 Ireland Tel.: 353-1-6127-302 Fax: no. 353-1-6127-279 e-mail: nclaffey@dental.tcd.ie
Date:
Accepted 30 May 2002
To cite this article: Kolonidis SG, Renvert S, Ha ̈mmerle CHF, Lang NP, Harris D, Claffey N. Osseointegration on implant surfaces previously contaminated with plaque. An experimental study in the dog. Clin. Oral Impl. Res. 14, 2003; 373–380
Copyright r Blackwell Munksgaard 2003 ISSN 0905-7161

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um brinde aos cabelos brancos

        Vindo de uma família de dentistas, sorrisos sempre fizeram parte dos meus dias, dos tempos escolares até a conclusão do meu PhD. Neste período, inúmeras foram as conquistas da odontologia que a exemplo de outras áreas da saúde, produziram conhecimento e transformaram tecnologias de forma relevante e consistente.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Associação Brasileira de Transplante de Órgãos


XII Congresso Brasileiro de Transplantes
Data: 01/10/2011 até o dia 04/10/2011
Local: Centro de Convenções Belém-Pará

XII Congresso Brasileiro de Transplantes
X Congresso Luso-Brasileiro de Transplantes
XI Encontro de Enfermagem em Transplantes
III Encontro Multidisciplinar em Transplantes 



Para aqueles interessados nos transplantes teciduais em medicina ou odontologia, clique aqui para ter acesso a programação completo do evento da ABTO deste ano. 

sábado, 9 de abril de 2011

Diabetes e Doença Periodontal


Entrevista concedida a revista Sabor e Vida diabéticos em Jan/2011, publicação da Sociedade Brasileira de Diabetes.
  
Sabor e Vida Diabéticos: Em decorrência da doença, o portador de diabetes é mais sensível a determinados problemas bucais? Em caso positivo, por que? E quais seriam esses problemas?
Dr.Luciano: Com relação a cáries,  as informações são controversas: enquanto algumas pesquisas verificaram índices aumentados nestes pacientes, outras encontraram taxas ainda menores quando comparados a não diabéticos. Uma possível explicação seria que indivíduos com níveis de glicose sangüínea mal controlados, trariam também na saliva quantidades aumentadas de açúcares, o que em parte poderia alterar a formação da placa dental bacteriana, favorecendo o surgimento de cáries. Por outro lado, a ingestão limitada de carboidratos, comum neste grupo de pacientes, proporciona uma dieta menos cariogênica, o que diminuiria o risco a estas lesões.  Já com relação às doenças periodontais, uma maior prevalência e severidade tem sido relatada entre diabéticos. Estes achados parecem correlacionar-se ao grau de controle metabólico, assim como ao tempo de duração do diabetes e a presença de complicações médicas a ele associadas. Os sinais clínicos orais do diabetes não diagnosticado ou mal controlado podem incluir queilose ( conhecido por “sapinho”), fissuras, ressecamento de mucosas, dificuldades de cicatrização e alterações na microbiota oral. A xerostomia ou diminuição do fluxo salivar, observada com freqüência e  responsável em parte pela síndrome da ardência bucal, mostra-se também relacionada ao grau de controle glicêmico, já que neuropatias, assim como medicamentos utilizados no controle do diabetes, podem interferir na secreção salivar.A presença de candidíase oral parece também estar relacionada ao grau de controle glicêmico.

Sabor e Vida Diabéticos: Qual é a frequência indicada para consultar um dentista? 
Dr.Luciano: Não existe uma frequência pre-determinada para visitar-se o dentista. Isto vale para diabéticos e não diabéticos. O profissional deve saber identificar os casos que precisam de maior atenção. Entretanto, exames regulares serão sempre mais eficazes em diagnosticar e prevenir o surgimento de doenças. 
Sabor e Vida Diabéticos: O portador de diabetes deverá ir ao dentista com maior frequência que pacientes saudáveis? pq?  
Dr.Luciano: Como já dito anteriormente, a frequência do paciente diabético ao dentista deverá seguir orientação profissional. De maneira geral, aqueles com bom controle do diabetes terão menos intercorrências e por consequência, irão menos frequentemente ao dentista.  

Sabor e Vida Diabéticos: O que é periodontite?
Dr.Luciano: A periodontite é uma infecção crônica, caracterizada pela  continua destruição dos tecidos que sustentam os dentes aos ossos maxilares. Nestas doenças, a carga enzimática local liberada para conter a agressão bacteriana é algumas vezes tão forte que termina por gerar prejuízos ao próprio indivíduo. A lenta e frequentemente indolor degeneração destes tecidos termina por comprometer a implantação dos dentes, podendo até mesmo levá-los à esfoliação espontânea. 

Sabor e Vida Diabéticos : Qual sua principal causa? 
Dr.Luciano: As periodontites desenvolvem-se a partir da colonização da superfície dentária por um grupo específico de microorganismos que ao encontrarem um ambiente favorável e um indivíduo geneticamente susceptível, iniciam uma série de eventos danosos .

Sabor e Vida Diabéticos: E os sintomas?
Dr.Luciano: São freqüentemente observados: o aumento da mobilidade dentária, a migração ou deslocamento dos dentes, o sangramento gengival  espontâneo ou estimulado. São eventualmente encontrados: halitose e dor. 

Sabor e Vida Diabéticos : É possível que esteja presente sem apresentar sintomas? 
Dr.Luciano: Sim, pois como muitas outras doenças crônicas, apresenta intervalos de remissão nos quais não é possível encontrar sinais clínicos evidentes.

Sabor e Vida Diabéticos: Os pacientes com pior controle do açúcar no sangue tem doença periodontal  mais frequente e severa? 

Dr.Luciano: Uma maior prevalência e severidade de doenças periodontais em pacientes diabéticos quando comparados a não diabéticos tem sido verificada em todo o mundo. Estes achados parecem correlacionar-se ao grau de controle metabólico, assim como ao tempo de duração do diabetes e a presença de complicações médicas a ele associadas. De forma análoga, acredita-se que doenças periodontais aumentem a severidade do diabetes e comprometam o controle metabólico de forma similar a outros estados infecciosos sistêmicos. Este feedback  oculto parece funcionar de forma silenciosa, como já evidenciado por estudos que demonstraram maiores necessidades de tratamento periodontal entre indivíduos diabéticos.

Sabor e Vida Diabéticos: Quais seriam os riscos do não tratamento de uma periodontite ao paciente diabético?
Dr.Luciano: Muitas pesquisas indicam  uma relação significativa entre deterioração periodontal e elevados níveis de hemoglobina glicada. Estes achados sugerem que modificações nos níveis da inflamação gengival  podem impactar sobre o controle glicêmico. Assim, podemos assumir que o não tratamento  de uma periodontite poderia interferir negativamente no controle do diabetes.

Sabor e Vida Diabéticos: A presença de infecção ou inflamação periodontal também influência o controle glicêmico em portadores de diabetes? Ela pode aumentar a resistência à insulina? Por que?
Dr.Luciano: Alguns mecanismos podem explicar o impacto da infecção periodontal sobre o controle glicêmico. Como sabido, a inflamação sistêmica possui um importante papel sobre a sensibilidade insulínica e a dinâmica da glicose. Pesquisas recentes sugerem que doenças periodontais podem também induzir ou perpetuar um estado inflamatório crônico sistêmico, como evidente através das dosagens séricas elevadas de proteína C-reativa, interleucina-6 (IL-6) e fibrinogênio em muitos indivíduos com periodontites. Inflamação, de maneira geral, induz resistência insulínica e tal resistência freqüentemente é acompanhada por infecções sistêmicas. De forma similar, periodontites poderiam  aumentar o estado inflamatório sistêmico, exacerbando a resistência insulínica. O fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), importante mediador pró-inflamatório, produzido em abundância tanto em adipócitos como em sítios de periodontites,  aumenta a resistência insulínica, por prevenir  a autofosforilação do receptor tirosina quinase.  A interleucina-6, potente estimulador da produção de TNF-alfa, tem sido também observada  no soro de indivíduos com doenças periodontais.
Sabor e Vida Diabéticos: O tratamento da doença periodontal pode melhorar o controle metabólico?
Dr.Luciano: Pesquisas intervencionistas sugerem um potencial benefício metabólico obtido a partir do tratamento periodontal. Estudos recentes indicam uma relação significativa entre  infecção periodontal e elevados níveis de hemoglobina glicada. Estes resultados sugerem que modificações nos níveis da inflamação gengival após o tratamento periodontal podem  também impactar positivamente sobre os controles glicêmico e metabólico dos pacientes. 
Sabor e Vida Diabéticos : Qual é a relação da saúde bucal e problemas cardiovasculares?
Dr.Luciano: Em função de uma série de pesquisas que vem sendo publicadas desde a década de 80, acreditamos que as periodontites devam ser encaradas como mais um fator de risco `as donças cardiovasculares. Alguns estudos verificaram um fator de risco adicional de até 2,8 para o infarto agudo do miocárdio. Outros, encontraram  traços de bactérias periodontais na placa ateromatosa retirada durante cirurgias cardiovasculares.  Ao observamos a fisiopatologia destas doenças notamos traços comuns, como por exemplo, o forte componente inflamatório e a orígem multifatorial de ambas. A intensa resposta imune gerada pelas periodontites parece ser o principal mecanismo envolvido na sua relação com outras doenças sistêmicas. As principais hoje estudadas são o diabetes mellitus, a atrite reumatóide, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), úlceras gástricas ,pneumonias, além da indução do parto prematuro e claro, da doença cardiovascular. Com excessão das úlceras gástricas, possivelmente relacionadas ao patógeno H.Pylori, residente do biofilme dental,  e as pneumonias causadas pela aspiração de bacterias orais, todas as demais encontram em seus mecanismos inflamatórios, pontos comuns que seriam os responsáveis por perpetuar ou agravar seus efeitos. 

Sabor e Vida Diabéticos : Por que acontece sangramento na gengiva?
Dr.Luciano: A colonização microbiana da superfície dentária termina por gerar uma resposta inflamatória local que provocará ,dentre outros eventos, edema,  aumento do fluxo sanguíneo  e da fragilidade capilar, favorecendo o sangramento gengival. 

Sabor e Vida Diabéticos : O que é lingua esbranquiçada? 
Dr.Luciano: É a caracteristica provocada pelo acúmulo de resíduos alimentares, colônias microbianas  e células epiteliais descamadas no dorso da lingua. Muito comum em indivídos com hiposalivação e halitose.   
Sabor e Vida Diabéticos : A secura na boca e o hálito cetônico podem indicar uma descompesação de diabetes?
 
Dr.Luciano: Sim. O hálito cetônico está relacionado a longos períodos de jejum e a consequente utilização de ácidos graxos para a reposição energética no corpo. Este processo termina por gerar compostos de odor desagradável. 

Sabor e Vida Diabéticos : Como tratá-las? 
Dr.Luciano: Além do controle da ingestão de alimentos, corrigindo a hipoglicemia, está indicada a hidratação constante e muitas vezes a utilzação de saliva artificial como forma de diminuiir o desconforto causado pela secura na boca ( sensação de queimação). 

Sabor e Vida Diabéticos : O uso de próteses mal adaptadas e dentes quebrados também traz mais riscos ao paciente diabético?
 

Dr.Luciano: Próteses mal adaptadas e dentes quebrados servem como nichos ou reservatórios microbianos que devem ser evitados em quaisquer pacientes. 

Sabor e Vida Diabéticos : Como deve ser feita a higiene oral? O paciente diabético deve ter algum cuidado especial? A higiene oral deve ser realizada sempre que fazemos uma refeição? 
Dr.Luciano: Sabemos que a grande melhora alcançada no controle de cáries e gengivite na população sueca nos últimos 20 anos não resultou na correspondente queda de prevalência da periodontite severa. Este fato nos faz acreditar que higiene oral adequada pode não ser suficiente para prevenir esta doença. Exames periodontais regulares associados a uma boa técnica de escovação, não fumar, abandonar o  sedentarismo e manter uma dieta saudável, parecem ser a melhor forma de prevenção destas doenças. 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

HIPERTENSÃO


Em meio à multidão que apressada, atravessava as ruas e  tomava as calçadas em Copacabana, parei para observar por alguns minutos uma dessas bancas de aferir pressão arterial. Nada mais cru, mais invasivo que uma “consulta médica” a céu aberto, pensei. O que realmente estaria motivando aquelas pessoas? Notei que a relação “médico”- paciente ali estabelecida acontecia bem distante daquele mundo de ruídos e olhares desencontrados. Para o "cliente", o rito da  consulta  estava sendo celebrado e isso era o que importava. Nada mais. Até que faz sentido, saúde é coisa séria...ou ao menos deveria ser. Confortavelmente amparado pela parede lateral da banca de jornais e estrategicamente camuflado pelo vai-e-vem de pessoas, ali fiquei por alguns instantes e até fotografei! Saí de lá convencido a escrever sobre hipertensão. Achei que seria pertinente e exequível. Engano meu... o tema, apesar de pertinente, é bem complexo e seriam necessárias muitas horas de pesquisa, debruçado sobre fontes seguras, para garantir um texto de qualidade. Decidi então pedir ajuda. Para facilitar (ou não), formulei algumas questões que julgo importantes e desde já conto com vocês para ajudar a respondê-las. Segue: 
1) Historicamente, quais os primeiros relatos de aferição da pressão arterial? 
2) Quando esse parâmetro passou a ser importante?
3) Quais países concentram maiores prevalências de hipertensos?
4) Está mais presente entre homens ou mulheres? 
5) A faixa etária de maior prevalência/incidiência está modificando? 
6) Quais os principais males envolvidos com seu surgimento e/ou manutenção?
7) Qual o valor estimado do mercado de anti-hipertensivos ?
8) Quantas mortes/ano ocorrem direta ou indiretamente em sua função?
9) Qual o perfil do homem mais vulnerável à hipertensão?
10) Quais as taxas mundiais de incidência e prevalência?
11) Quantos medicamentos/laboratórios dividem o mercado de anti-hipertensivos? 
12) Houveram variações nos seus parâmetros de normalidade nos últimos anos? Quantos pontos percentuais? Quanto cada ponto percentual significa em volume de vendas de medicamentos? 
13) Quantas especialidades médicas orbitam em seu redor? 
14) Qual o investimento em pesquisa hoje destinado à sua compreensão? 
15) Qual a melhor forma de atenuá-la ou evitá-la? 
16) Qual o papel da genética  sobre suas taxas? 
17) Quantas internações gera direta ou indiretamente por ano no Brasil? 
18) Quanto onera os cofres públicos? Quanto custa um funcionário hipertenso? 
19) Quantos ainda sofrerão suas consequências num curto espaço de tempo? 
20) O que podemos esperar das políticas públicas de saúde para seu controle? 
21) Qual seu impacto sobre a economia da saúde?
22) Um paciente de 78 anos, hipertenso há 40 anos, terá investido quanto em medicamentos até ali? Quanto isso representaria de sua aposentadoria?
23) Quanto este mesmo paciente terá gerado de ganhos para o Estado (na forma de impostos) e para a industria farmacêtica?
24) Anti-hipertensivos são distribuídos gratuitamente pelo Estado?
25) Existem alternativas naturais eficazes para o seu controle?
26) Hipertensão tem cura?


sexta-feira, 1 de abril de 2011

CNCDO - Rio de Janeiro

Atendendo a pedidos, segue o endereço da CNCDO do Rio de Janeiro :

Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos
CNCDO - Rio de Janeiro
Coordenador : Eduardo Rocha
Rua: Rua Elpídio Boa Morte, s/nº, Praça da Bandeira CEP 20207-170 - Rio de Janeiro/RJ
Fone: (21) 2333-7535/7545
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